Cilmara Viana Darme
Minha infância foi
na zona rural. Andava 3 quilômetros todos os dia para ir para
escola,minha mãe só tem a quarta série como dizia aquela época , e meu
pai cursou só até o terceiro colegial , e como na quela época havia
poucos professores formados,meu pai deu aula vários anos para as séries
iniciais. Meus professores não me incentivaram a leitura, meu pai era muito bom
nos cálculos , e foi ele que me incentivou a fazer matemática . A metodologia
dos meus professores eram passar questionários, e depois tínhamos que decorar. Eu
também até hoje tenho dificuldade de escrever,ou colocar alguma idéia no
papel.
Clarindo Rondina
Por falar em ler, o que se escreve também fica registrado em nossa memoria.
É o que retrata a minha experiência com a leitura e com a escrita.
Inverno de 90 – Autor
Clarindo Rondina
Após esse relato, ressalto aqui Clair Feliz Regina. Que descobriu a paixão pela
poesia, vivenciou-a devido ao incentivo de uma amiga. Em um de seus poemas
dizia: “Que mundo maravilhoso é esse mundo da fantasia, onde todo que você quer
é você mesmo que cria . onde tudo que você quer cabe dentro da poesia”. Aqui
fica registrado um de seus versos. Ela acrescenta ainda que não existe idade
para aprender, baste ter vontade e entusiasmo. Indo para o lado literário,
Contardo Calligaris deixa claro que a literatura libertas o ser humano e que
ninguém inventa uma vida a parti do nada e que a vida é inventada a partir de
uma combinatória de sonhos que já foram sonhados e leva a aprender a sonhar a
própria liberdade e J. C. Viola refere-se ao esticar a cabeça, que de uma
maneira mais corriqueira é conhecer mais, saber mais, estar sempre antenado com
mundo e a leitura, que é a chave da compreensão e faz viajar para dentro de si ,
onde acalma e alimenta espiritualmente. Podemos dizer que: ler é fundamental
para seguir regras com consciência, mas a expressão pessoal é vital, e a escrita
é essencial para isso.
Clélia Maria Carneiro Oliva
Paz e bem a vocês companheiros!
Sou uma pessoa privilegiada, pois desde a minha infância tive contato com a
Literatura infantil. Meu pai presenteava-me com disquinhos e livrinhos da
Coleção Chapeuzinho Vermelho e outros contos. Ouvia atentamente cada história e
ficava muito feliz da vida pois, este mundo de faz-de-conta me encantava. Hoje
continuo lendo e incentivando muito meus alunos a tomarem gosto pela leitura,
pois segundo o depoimento de Nilson José Machado, é preciso ler e compreender o
mundo, mas, na escola da vida, temos que assinar o livro de presença. A escrita
não é um luxo....bjs
Danilo Marangao
O que eu tenho a relatar é que a minha infância como a de alguns colegas foi
na zona rural. Meus pais semi analfabetos não valorizavam a leitura e o que
importava era trabalhar. Para piorar um pouco mais, os meus professores eram
bravos e não dava nenhuma abertura que pudesse criar o entusiasmo pela leitura.
Lembro-me um dia que um menino colega de sala, quando fazia a leitura em voz
alta de um texto por nome de porquinha chorona, ele começou a chorar e o
professor parecia um leão. Quando comecei a cursar o antigo ginasial lá pelas
décadas de 70; a coisa piorou ainda mais porque o meu professor era uma
negação..., e foi o meu professor de língua portuguesa até o final do EM (antigo
colegial). Suas aulas eram abalizadas num método da época chamado de “Estudo
Dirigido” A sua metodologia era indicar a lição e depois ele simplesmente
passava as respostas na lousa. Quanto à leitura não cobrava nada para que
despertasse algum interesse por parte dos alunos. Ainda hoje, tenho um pouco de
dificuldade para por no papel aquilo que penso de maneira organizada. Gosto de
ler, sei da importância da leitura no aprendizado de qualquer conteúdo,
inclusive na resolução de problemas matemáticos. O livro abre para mundos
novos, ideias e sentimentos novos, descobertas sobre nós mesmos, os outros e a
realidade (Marilena Chauí)
Denis Eduardo da Câmara
Olá colegas.
Ao contrario de muitos colegas
tive a sorte de sempre contar com o apoio da família, minha mãe e meu pai mesmo
sem muito estudo sempre se esforçaram para que eu e meus dois irmãos tivéssemos
uma boa educação, tinham certeza de que um futuro promissor dependia dos
estudos, no meu caso em especifico meus pais se esforçaram mais ainda, pois tive
problemas na coluna e não podia fazer serviços que dela requeresse esforço.
Foi através de minha mãe que
peguei gosto pela leitura, pois sempre que possível ela adquiria livros ou
revistas, justamente para que eu melhorasse minha cultura, e tive a sorte de ter
estudado com uma ótima professora de português, a Dona Meire, uma professora
super exigente que queria passar para os alunos o quanto é maravilhoso o mundo
da leitura.
Já o gosto pela matemática
adquiri com meu pai, ele é pedreiro e sempre quando pegava alguma construção
pedia para eu ajudar a fazer os cálculos dos materiais necessários, e eu também
o ajudava a traçar os croquis de muitas das obras que ele realizava, e novamente
tive a sorte de ter ótimo professor de matemática, no ensino médio tive como
professor o Seu Sergio, com ele realmente aprendi para que serve a matemática,
que não era apenas um emaranhado de formulas sem sentido que deveríamos decorar,
foi assim que iniciei minha trajetória na educação, e agradeço o empenho que
minha mãe e meu pai desprenderam na minha educação e aos ótimos professores que
tive, se hoje estou aqui tentando educar esta nova geração é graças a dedicação
destas maravilhosas pessoas que tive o prazer de passarem pela minha
vida.
Elisandra Gonzaga
Oi gente......meu início na leitura,foi bem divertido....estudava em uma escola
aqui na minha cidade,que me recordo com amor até hoje(E.E.P.S.G ProfªMarina de
Oliveira)tempos bons.....que não voltam mais,enfim a minha professora da 5ª
série na época mandou ler o livro "O Caso da Borboleta Atíria" (Coleção
Vagalume)....para fazermos prova....dai então,peguei gosto e comecei a ler todos
os livros da série......e também Monteiro Lobato........até hoje recordo com
saudade todas as divertidas estórias que vivi...me senti por várias vezes como
se fosse a personagem do livro......Saudade.
Elisangela Aparecida Biani Torres Rodrigues
Eu ouvia muitos contos, pois morava no sítio e
tinha tios que vinham passar as férias na casa de meus avôs, eles moravam em São
Paulo, então adorava ficar em baixo da mangueira ouvindo e imaginando todas
aquelas histórias, e minha mãe cantava muitas músicas, e eu aprendi e cantava
para meus filhos. Era tempo sem maldade onde quando criança, os livros, eramos
orientados a não estragar, como algo precioso. Já os meus filhos desde bem
pequenos comprava as coleções e eles olhavam as figuras e contava as história,
depois da minha leitura. Agradeço esse momento de lembrança, fiquem todos com
Deus.
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