Depoimentos


Cilmara Viana Darme

          Minha infância foi na zona rural. Andava 3 quilômetros todos os dia para ir para escola,minha mãe só tem a quarta série como dizia aquela época , e meu pai cursou só até o terceiro colegial , e como na quela época havia poucos professores formados,meu pai deu aula vários anos para as séries iniciais. Meus professores não me incentivaram a leitura, meu pai era muito bom nos cálculos , e foi ele que me incentivou a fazer matemática . A metodologia dos meus professores eram passar questionários, e depois tínhamos que decorar. Eu também até hoje tenho dificuldade de escrever,ou colocar alguma idéia no papel.
Clarindo Rondina
        Por falar em ler, o que se escreve também fica registrado em nossa memoria. É o que retrata a minha experiência com a leitura e com a escrita.
        Eu tinha preguiça de ler, lia poucas linhas, gostava de escrever, aqui lembro-me de Gabriel Pensador, que gostava de escrever mais tinha preguiça para criar textos originas, porque não encontrava assuntos, agora eu, tinha assunto, mas faltava leitura, conhecimento para dar vida naquilo que eu queria escrever. Eu sempre gostei de ler poesias e procurava em suas entre linhas, através da imaginação, transcrever via pensamento aquilo que vivenciava interagindo com o mundo real. Eu era fascinado pela astrologia e esse mundo astrológico transformei em poesia, busquei em cada planeta a interferência na vida humana e ação no mais intimo do ser, dando oportunidade de conhecer melhor o sentimento que me envolvia. Se era amor não sei, se era paixão também não sei, mas sei que foi uma vivência profunda do meu estado de espírito. E que ele dizia:

Tu és a beleza Divina, com seu jeito dócil de ser;
Tu és o sol que brilha , dando vida e fazendo com que eu viva.
Tu és a lua , que mexe com meus sentimentos ;
Tu és mercúrio, que o raciocínio levou a te escolher.
Tu és Venus , que levou a aproximar de ti;
Tu és Marte , que ensinou a guerrear;
Tu és Júpiter , que me fizeste engrandecer a alma , sem querer nada em troca ;
Tu és Saturno , que me levou ao mundo desconhecido , no qual descobri a ti.
Tu és urano , que mexeu com a minha criatividade .
Tu és Netuno , que me levou ao infinito .
Tu és Plutão ,fez com que me renovasse.
Tu és a Terra !
Tu és a água !
Tu és o fogo!
Tu és o ar que respiro!
Tu és o universo que vivo ;
Tu és a paixão , o amor que nunca quero perder.
Inverno de 90 – Autor Clarindo Rondina
       Após esse relato, ressalto aqui Clair Feliz Regina. Que descobriu a paixão pela poesia, vivenciou-a devido ao incentivo de uma amiga. Em um de seus poemas dizia: “Que mundo maravilhoso é esse mundo da fantasia, onde todo que você quer é você mesmo que cria . onde tudo que você quer cabe dentro da poesia”. Aqui fica registrado um de seus versos. Ela acrescenta ainda que não existe idade para aprender, baste ter vontade e entusiasmo. Indo para o lado literário, Contardo Calligaris deixa claro que a literatura libertas o ser humano e que ninguém inventa uma vida a parti do nada e que a vida é inventada a partir de uma combinatória de sonhos que já foram sonhados e leva a aprender a sonhar a própria liberdade e J. C. Viola refere-se ao esticar a cabeça, que de uma maneira mais corriqueira é conhecer mais, saber mais, estar sempre antenado com mundo e a leitura, que é a chave da compreensão e faz viajar para dentro de si , onde acalma e alimenta espiritualmente. Podemos dizer que: ler é fundamental para seguir regras com consciência, mas a expressão pessoal é vital, e a escrita é essencial para isso.
Clélia Maria Carneiro Oliva

       Paz e bem a vocês companheiros!
       Sou uma pessoa privilegiada, pois desde a minha infância tive contato com a Literatura infantil. Meu pai presenteava-me com disquinhos e livrinhos da Coleção Chapeuzinho Vermelho e outros contos. Ouvia atentamente cada história e ficava muito feliz da vida pois, este mundo de faz-de-conta me encantava. Hoje continuo lendo e incentivando muito meus alunos a tomarem gosto pela leitura, pois segundo o depoimento de Nilson José Machado, é preciso ler e compreender o mundo, mas, na escola da vida, temos que assinar o livro de presença. A escrita não é um luxo....bjs
Danilo Marangao
       O que eu tenho a relatar é que a minha infância como a de alguns colegas foi na zona rural. Meus pais semi analfabetos não valorizavam a leitura e o que importava era trabalhar. Para piorar um pouco mais, os meus professores eram bravos e não dava nenhuma abertura que pudesse criar o entusiasmo pela leitura. Lembro-me um dia que um menino colega de sala, quando fazia a leitura em voz alta de um texto por nome de porquinha chorona, ele começou a chorar e o professor parecia um leão. Quando comecei a cursar o antigo ginasial lá pelas décadas de 70; a coisa piorou ainda mais porque o meu professor era uma negação..., e foi o meu professor de língua portuguesa até o final do EM (antigo colegial). Suas aulas eram abalizadas num método da época chamado de “Estudo Dirigido” A sua metodologia era indicar a lição e depois ele simplesmente passava as respostas na lousa. Quanto à leitura não cobrava nada para que despertasse algum interesse por parte dos alunos. Ainda hoje, tenho um pouco de dificuldade para por no papel aquilo que penso de maneira organizada. Gosto de ler, sei da importância da leitura no aprendizado de qualquer conteúdo, inclusive na resolução de problemas matemáticos. O livro abre para mundos novos, ideias e sentimentos novos, descobertas sobre nós mesmos, os outros e a realidade (Marilena Chauí)
Denis Eduardo da Câmara
Olá colegas.
                Ao contrario de muitos colegas tive a sorte de sempre contar com o apoio da família, minha mãe e meu pai mesmo sem muito estudo sempre se esforçaram para que eu e meus dois irmãos tivéssemos uma boa educação, tinham certeza de que um futuro promissor dependia dos estudos, no meu caso em especifico meus pais se esforçaram mais ainda, pois tive problemas na coluna e não podia fazer serviços que dela requeresse esforço.
       Foi através de minha mãe que peguei gosto pela leitura, pois sempre que possível ela adquiria livros ou revistas, justamente para que eu melhorasse minha cultura, e tive a sorte de ter estudado com uma ótima professora de português, a Dona Meire, uma professora super exigente que queria passar para os alunos o quanto é maravilhoso o mundo da leitura.
      Já o gosto pela matemática adquiri com meu pai, ele é pedreiro e sempre quando pegava alguma construção pedia para eu ajudar a fazer os cálculos dos materiais necessários, e eu também o ajudava a traçar os croquis de muitas das obras que ele realizava, e novamente tive a sorte de ter ótimo professor de matemática, no ensino médio tive como professor o Seu Sergio, com ele realmente aprendi para que serve a matemática, que não era apenas um emaranhado de formulas sem sentido que deveríamos decorar, foi assim que iniciei minha trajetória na educação, e agradeço o empenho que minha mãe e meu pai desprenderam na minha educação e aos ótimos professores que tive, se hoje estou aqui tentando educar esta nova geração é graças a dedicação destas maravilhosas pessoas que tive o prazer de passarem pela minha vida.
Elisandra Gonzaga


                Oi gente......meu início na leitura,foi bem divertido....estudava em uma escola aqui na minha cidade,que me recordo com amor até hoje(E.E.P.S.G ProfªMarina de Oliveira)tempos bons.....que não voltam mais,enfim a minha professora da 5ª série na época mandou ler o livro "O Caso da Borboleta Atíria" (Coleção Vagalume)....para fazermos prova....dai então,peguei gosto e comecei a ler todos os livros da série......e também Monteiro Lobato........até hoje recordo com saudade todas as divertidas estórias que vivi...me senti por várias vezes como se fosse a personagem do livro......Saudade.
Elisangela Aparecida Biani Torres Rodrigues

                  Eu ouvia muitos contos, pois morava no sítio e tinha tios que vinham passar as férias na casa de meus avôs, eles moravam em São Paulo, então adorava ficar em baixo da mangueira ouvindo e imaginando todas aquelas histórias, e minha mãe cantava muitas músicas, e eu aprendi e cantava para meus filhos. Era tempo sem maldade onde quando criança, os livros, eramos orientados a não estragar, como algo precioso. Já os meus filhos desde bem pequenos comprava as coleções e eles olhavam as figuras e contava as história, depois da minha leitura. Agradeço esse momento de lembrança, fiquem todos com Deus.

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